Pikmin 4
A aventura começa verdadeiramente quando o Capitão Olimar emite um pedido de socorro, alertando a equipa de socorro que… bem… tem de fazer uma aterragem de emergência e acaba também por precisar de auxílio. Aqui entramos nós, um novato dessa equipa de resgate que parte também para o longínquo planeta, que agora tem como missão resgatar Olimar, a equipa de socorro e toda uma quantidade de diferentes exploradores, cientistas ou simplesmente curiosos. Pela primeira vez criamos a nossa personagem, que infelizmente deixa algo a desejar por não haver propriamente uma boa quantidade de diferentes opções. Ou talvez esteja demasiado habituado a RPGs com dezenas de diferentes opções em cada uma das partes. Mas adiante, somos nós o protagonista!
Mas as aventuras que atravessei neste curioso planeta tinham tanto de fantástico como de perigoso. Há todo um leque de inimigos que nos travam o caminho e colocam a nossa expedição em perigo, criaturas “gigantes” que comem vários Pikmin numa só dentada, os empalam com os seus picos, os esmagam, queimam ou congelam, sendo que numa fase mais avançada do jogo tinha de pensar que Pikmin eram os ideais para enfrentar cada inimigo. Contudo não é um jogo difícil, de todo, por muitos Pikmin que podiam morrer, muitos outros estavam à minha espera na nave, dispostos a serem comandados.
Também temos como companhia o fiel Otchin, um Salvacão semelhante ao que Olimar tinha, que nos transporta a nós e ao exército de Pikmin que nos acompanha, podendo até mesmo controlar em separado, quer para dividir esforços a explorar diferentes partes do mapa ou até mesmo para resolver determinados enigmas. Otchin evolui bastante durante do jogo, cada resgate que concluía resumia-se em pontos que depois pude usar para desbloquear novas habilidades para Otchin, desde escavar, nadar mais rápido, combater melhor ou transportar objetos com uma força equivalente a dezenas de Pikmin. Sendo o nosso …cãopanheiro… é uma ajuda vital em toda a aventura, que me salvou a pele por várias vezes. Também vamos desbloqueando habilidades para a nossa personagem, sejam eles através de itens que enviam os Pikmin perdidos de volta para a base, por exemplo, ou equipamentos que nos permitem resistir melhor nos combates ou quando somos expostos ao fogo, vento ou outros ataques dos inimigos.
Tendo acompanhado a série desde o primeiro jogo, na já velhinha Game Cube, gostei de ver vários elementos regressarem, mas muitos deles com um pequeno twist. Do segundo Pikmin, por exemplo, regressam as grutas escuras recheadas de tesouros e perigos, muitas delas com vários subníveis que tornam a exploração mais desafiante, até porque não podemos voltar à nave para voltar a encher a equipa de Pikmin. Desta vez nestas cavernas temos também pessoas a resgatar, muitas vezes presos por detrás de inimigos de maior envergadura, mas poucas foram os combates em que senti que estava, efetivamente, combater contra um boss. De resto a progressão do jogo é em muito semelhante ao resto da série, avançando de mapa em mapa, todos os dias até o sol se pôr, pois é à noite que o perigo espreita… ou melhor, assim era na série, até agora!
Falando em Pikmin recentemente descobertos, uma novidade são os Pikmin gelo, extremamente úteis para congelar inimigos durante uns segundos e, à semelhança dos restantes, também são necessários para resolver alguns enigmas. De regresso temos os Pikmin de jogos anteriores, como não podiam faltar, com as suas características diferentes, vantagens e desvantagens, que nos levam a pensar quais as 3 diferentes cores a levar no grupo, para enfrentar determinadas adversidades, ao que podemos sempre voltar à base para trocar de Pikmin. Se bem que não foi algo que fiz com frequência, até porque o tempo disponível por dia para explorar não era assim tanto, e focava-me apenas em partir numa determinada direção do mapa para tentar apanhar tudo que lá estivesse.
Também de regresso estão os combates entre 2 jogadores, aqui denominados de Dandori Battles onde temos de mostrar a nossa eficácia na arte de apanhar os diversos itens espalhados no mapa, em contrarrelógio, ganhando o jogador que tiver mais pontos. São combates que também temos na aventura principal, aqui contra umas personagens bizarras completamente cobertas de folhas, que embora me tenha divertido nelas mesmo no caos que era por vezes estar a apanhar certos itens, para depois largar tudo pois recebia um alerta que determinado item ou inimigo naquele momento dava o dobro dos pontos. O que não faz muito sentido nestes combates, quando jogava sozinho, é ter na mesma o ecrã dividido com o adversário, reduzindo na área visivel que me interessava, basicamente. Ainda assim nada de muito impeditivo, embora preferisse ver apenas o meu ecrã.
Aquilo que mais gostei em Pikmin 4 foi o sentimento de aventura que não sentia na série desde o primeiro jogo, que era completamente novo e não sabia o que esperar. Não há muitas surpresas enquanto exploramos os mapas, estas surgem apenas quando desenterramos um item inesperado que apela à nossa nostalgia, ou através das várias grutas que não sabemos o que esperar quando entramos numa, ou nos diversos subníveis que vamos atravessando. No geral exploração também é palavra-chave, queria sempre tentar explorar o nível ao máximo até o sino tocar, avisando que chegou o pôr-do-sol e tinha de voltar à base imediatamente. A exploração também se torna interessante ao ver que não tinha como apanhar certos itens, ou explorar partes do mapa que não podia aceder por ainda não ter um número de Pikmin o suficiente, que aumenta no decorrer do jogo, ou por não ter os Pikmin certos. Não é, de todo, um jogo que tenha de apanhar tudo, mas foi um jogo que onde queria concluir tudo a 100%, e não deixar nenhum tesouro para trás.