Street Fighter 6

Um novo capítulo do clássico Street Fighter chega às consolas da nova geração, Street Fighter 6 é aquilo que prometeram e muito mais. Embora este ano tenha competição de alto nível dentro do género até ao final do ano, este é, em termos de conteúdo, o melhor da série sem a menor das dúvidas.


Com 18 personagens desde Ryu, Ken, Chun-Li e Cammy, aos estreantes como Kimberly, JP, Manon e Marisa, Street Fighter 6 é um jogo que recomendamos seja para novatos como para veteranos, isto porque há um modo Moderno e um Clássico. Como seria de esperar, os controlos clássicos são mais complicados de executar, já os modernos, indicados para amadores, vão ser o ideal, isto porque facilita a execução dos especiais complicados de cada personagem. Por isso mesmo qualquer pessoa poderá jogar de forma competitiva, mas diria que, apesar dos modernos facilitarem a qualquer jogador executar os ataques, para quem joga a série há anos nada como manter o estilo clássico para executar os brilhantes ataques especiais. No entanto, o modo moderno facilita em tudo, quem começar a jogar Street Fighter pela primeira vez, ter essa oportunidade, pode até desafiar qualquer jogador experiente, eu agradeço porque gosto sempre de um bom desafio por isso, lutadores, venham e joguemos Street Fighter 6 juntos.

O que dizer para além de ser um jogo do género fighting game? Muito, em Street Fighter 6 há tanto para se falar que essa é, na verdade, a razão desta análise ter sido lançada apenas uma semana após o seu lançamento. O conteúdo é gigante e é algo que um jogo de luta precisa nos dias de hoje. Na minha opinião, o melhor jogo de atualmente é sem dúvida o Guilty Gear Strive, em todos os aspetos menos no conteúdo, o que Street Fighter 6 supera de facilmente, não há no mercado nenhum jogo que tenha tanto conteúdo e referências como Street Fighter 6, é de longe o jogo do género mais ambicioso de todos os tempos.


Street Fighter 6 é um jogo de luta de raiz, como é evidente, mas tem também uma espécie de RPG. O modo World Tour é uma novidade que a Capcom inseriu, onde criamos um avatar e jogamos no universo de Street Fighter em locais bem conhecidos pelos fãs como Metro City (referência ao brilhante Final Fight) e todos os países de onde os nossos lutadores são oriundos como o Brasil (Blanka), França, mais especificamente em Paris (a personagem Manon) e por exemplo Dee Jay oriundo da Jamaica, no qual temos de fazer viagens por todo o mundo em busca de respostas e até itens para avançar neste modo história que acaba por ser engraçado mas talvez um pouco cansativo após algumas horas.

Diria que é a novidade com maior destaque, isto porque há imenso para explorar, pode lutar contra quase qualquer NPC na rua. Com isso podem obter itens preciosos e avançar nos capítulos numa história básica e simples, mas que funciona. Comprar roupas e acessórios para o vosso avatar, evoluir e até aprender os estilos de luta de todos os personagens que fazem parte deste elenco e apreciar as referências a outros jogos da Capcom como o famoso Breath of Fire e tantos outros jogos, é preciso apenas estar atento e vão entender.


Excelente é a jogabilidade, já desde Street Fighter II em 91 é, mas todos os capítulos tiveram uma mecânica nova e este último capítulo não é excepção, tem até a melhor. Para além do gameplay clássico 2.5D estar em condições, há o sistema Drive Impact que absorve pequenos golpes e que deixa o jogador realizar combos após o uso desse Drive Impact. É um sistema que fará toda a diferença nos combates online, há aqui uma estratégia na forma de como e quando executamos esta ação, isto porque é preciso ter em atenção a barra que temos para a utilização deste mesmo sistema e a sua precisão, o que torna cada um dos rounds emocionante e impressível.

O modo treino também é o mais completo de sempre, com todo o tipo de ensinamentos, desde como executar os especiais e o tal Drive Impact, qualquer jogador consegue facilmente aprender a usar e abusar de tudo aquilo que é possível fazer em Street Fighter 6. É apenas necessário aprimorar ao longo dos combates e aprender os padrões de cada lutador e estão prontos para os maiores desafios.

E as recompensas? Essas são imensas, os jogadores não estão preparados para a quantidade de desbloqueáveis, referências até a jogos como Rival Schools, um dos meus jogos favoritos de sempre. Mas sem dúvidas, recordar posters antigos de Street Fighter II e tantos outros como o Street Fighter Alpha que podem recordar na galeria, ou até mesmo a música Itoshisato Setsunasato Kokoro Tsuyosato disponíveis, algo impagável para os fãs de longa data, creio que não seja necessário referir muito mais.


Um outro modo a referir e extremamente importante é o Battle Hub, aqui é onde nos encontramos como tudo e todos para as lutas online e até jogarmos uns clássicos como Street Fighter II e Final Fight. Podemos já falar destes dois últimos clássicos, os quais podem, ser jogados no modo World Tour em máquinas arcade ou simplesmente acederem a este modo que é um Online Hub onde encontram as mesmas. Podem até reunir-se com mais uma pessoa para jogar e passar um tempo a recordar estes velhos clássicos da Capcom. Eu sei que é um tanto estranho ter o 6 e jogar o II, mas é sempre bom dar umas jogatinas neste clássico e recordar o quão bom ainda é Street Fighter II e até, para o género de beat’em up, Final Fight, que trouxe a ribalta no futuro jogos como Streets of Rage e afins.

Focando no modo Battle Hub, podem encontrar todos os jogadores que estão online. Claro que o Fighting Club é onde costumo jogar online as partidas no modo Ranking ou Casual, mas o Battle Hub é simplesmente único. Claro que há outros jogos com este Battle Hub, mas é fantástico ver os avatares e ter todas essas opções disponíveis.

Confesso que o modo online foi mesmo o que mais gostei, a quantidade de filtros é incomparável, podem até alterar os ecrãs de New Challenger fora o facto de termos o tão precioso cross-platform que permite-nos jogar com e contra todos seja de qualquer plataforma. É disto que precisamos no futuro dos videojogos e a Capcom esteve muito bem no que diz respeito ao que os jogadores desejam.


Nota-se também que este Street Fighter está completamente adaptado aos dias de hoje, todos os jogadores estão convidados a entrar neste mundo, é um jogo que quer atrair novos e velhos jogadores, pode até deixar os veteranos meios confusos inicialmente por todo o aparto e música envolvida mas pouco depois, dá para entender que aquilo que mais importa, que é a jogabilidade, está impecável como sempre.


É claro que podem esperar por DLC’s no futuro com personagens como M. Bison provavelmente ou o famoso Vega, no entanto, as 18 personagens escolhidas para a primeira remessa de lutadores está equilibrada com os clássicos Guile, Honda e Dhalsim entre os novos lutadores competentes que tornam a experiência formidável. Street Fighter 6 é um fantástico e imperdível jogo de luta já disponível.

 

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para PS5, gentilmente cedido pela EcoPlay

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