Rogue Aces


Admito que sempre que leio rogue lite ou derivados que me encolho um bocado e quando recebi este Rogue Aces para analisar, os olhos já estavam mais do que revirados. Mente aberta, pedi-me, e lancei-me.
Este jogo da Curve Digital grita mobile por todos os poros. Sabem, aqueles jogos cujo ícone de compra é um tipo de perfil a gritar, com permadeath e cenários criados progressivamente. Daqueles jogos que vemos nos transportes públicos nos telemóveis mais básicos, mas na Nintendo Switch. E como a qualidade não se baseia só nesses pontos, que tal o jogo em si? Se gostarem de Shmups então é algo a ponderar, se não, podem seguir em frente. A premissa é bastante básica, alguns aviões e um piloto e um senhor bastante inglês que nos ensina o ABC da aviação arcade e nos vai dando missões que têm por base destruir qualquer coisa.


Não há muita história por onde pegar, pois o sumo está na destruição desenfreada de tropas inimigas em terra, mar e no céu. Há acrobacias aéreas e quedas aparatosas se não acertarem com os controlos. Uma vez ejectei-me e consegui a proeza de roubar um avião inimigo em pleno ar. Por momentos entusiasmei-me, mas depois aterrei na água. Saber ejectar e abrir o paraquedas é fulcral para não perdermos pilotos, digo vidas. Vejam lá esses timings.

As minhas investigações levaram-me a descobrir que há cem cenários e vários itens para desbloquear, o que é óptimo para expandir o tempo de vida deste tipo de jogos sem conteúdo digno desse nome.

Apesar de as minhas palavras serem frias, o jogo tem o seu quê de divertido. Assim que ganhamos o hábito e começamos a sacar manobras como se estivéssemos no Red Bull Air Race achamos que somos os ases dos ares, destruindo corredores de inimigos como se não houvesse amanhã. Para isso até os controlos são simples, com o analógico esquerdo para dirigir o avião para cima ou para baixo ou em piruetas. O R dispara a arma principal e o L acelera, mas ao custo de combustível. Quando obtiverem misseis e bombas, estarão nos restantes gatilhos. O A ejecta o piloto e um segundo toque abre o paraquedas. O analógico direito controla a velocidade para conseguirem aterrar. Uma tarefa necessária para abastecer e reparar a aeronave. Se tiverem dificuldades, podem activar a opção para aterrarem automaticamente, mas serão penalizados no final do nível.


Quanto mais tempo ficarem no céu, mais poderosos ficarão, uma técnica ardilosa para manter o jogador agarrado. Pequenas injecções virtuais de adrenalina que, juntamente a cenários intermináveis, contribuirão para uma enorme duração de jogo.

A nível técnico não há nada que se destaque, os visuais são básicos assim como a banda sonora. Caótico, divertido q.b., esquizofrénico, mas facilmente desinstalado da consola quando chegar algo melhor. Não me será memorável.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Plan of Attack.

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