Theatrhythm Final Fantasy


Faz hoje 25 anos que o primeiro Final Fantasy foi lançado na NES, e assim nasceu uma das maiores séries de referência. Uma série que apareceu em diversas consolas em diferentes gerações, que surgiu também na grande tela e no pequeno ecrã. Theatrhythm surge como um de diversos modos de celebrar estes 25 longos anos, e que melhor modo de o fazer se não através da festa, da música!

Trata-se de um jogo de ritmo um pouco parecido com Elite Beat Agents, mas para além do movimento de toque e pressionar o ecrã, temos ainda o deslizar em uma de 8 direcções, como um corte da espada. No entanto, os movimentos são feitos em qualquer parte do ecrã tátil, pois a ação está representada no ecrã 3D. O jogo está divido em 3 modos diferentes: os Field Music Stages onde um personagem vai percorrendo um mapa do mundo, os Battle Music Stages em que 4 personagens lutam contra diversos inimigos icónicos da série, e os Event Music Stages, sendo este o mais nostálgico, que nos apresenta um resumo do jogo em questão. Aqui onde nos jogos mais antigos usa gráficos de jogo, mas nos mais recentes apresenta-nos sequências animadas em full-motion vídeo. O texto (quando presente) nestes vídeos surge em japonês, que tal como no tema principal de Final Fantasy IX (também em japonês) apresentam uma fraca localização, para além do jogo em si.

Sendo a música o ponto mais forte, estas são diretamente retiradas do Final Fantasy I ao XIII (sendo o XIV ignorado), e estão acompanhadas pelos personagens principais, tal como personagens secundárias, muitos delas favoritas dos fãs, como Kain, Locke, Vivi e até Sephiroth (o único inimigo jogável). Estas personagens preenchem uma equipa de 4, como é moda na série, e podemos ter sempre os nossos favoritos sem problemas, devidamente acompanhados pelos Summons tradicionais, nos níveis de batalha, ou pelos carismáticos Chocobos e Moogles nos mapas de mundo. São bastantes as músicas presentes, e ainda temos algumas desbloqueáveis, mas infelizmente a maioria das músicas estão apenas presentes por DLC, e a soma do custo das músicas todas ultrapassa o preço do jogo.

É neste modo de batalha que o jogo realmente se destaca. O que parece ser um simples jogo de ritmo torna-se um verdadeiro RPG, onde os diversos Status de cada personagem são úteis no jogo, em que os ataques, e magias como Fire e Blizzard são usadas após um número de inputs bem sucedidos, e a força e velocidade dos personagens nos permitem matar mais inimigos, ou até os ataques especiais nos permitem derrotar Bosses facilmente. Teria sido interessante ter mais personagens desbloqueadas à medida que comprava-mos músicas, pois afinal existem imensas personagens na série toda.

Esta componente RPG é vital no modo mais usado deste jogo, a Chaos Shrine e as suas Dark Notes (conjuntos de 2 níveis). Aqui percorremos um nível de Field e outro de Battle, sempre aleatórios, e as próprias música têm combinações de gestos diferentes, podendo ter a mesma música com variados inputs diferentes. O objectivo aqui é encontrar os inimigos mais fortes que possuem os Crystal Shards, que nos desbloqueiam novas personagens. É vital ter um bom conjunto de personagens com ataques diferentes, para conseguir o máximo de itens possível. Neste modo podemos ainda jogar com amigos (que tenham o jogo) e partilhar as nossas Dark Notes favoritas através do StreetPass.

A nostalgia é o que nos leva a querer explorar Theatrhythm Final Fantasy, mas é a qualidade das músicas de Nobuo Uematsu (entre outros) que nos leva a jogar repetidamente o jogo. Para os fãs da série, inúmeras memórias regressam ao ouvir certa músicas e ao ver as personagens, sejam boas ou más, mas até aqueles que menos sabem da série poderão encontrar algum charme e ganhar vontade de explorar vários dos 13 jogos aqui representados.


Com este jogo temos o modo ideal de celebrar e relembrar 25 anos de história Final Fantasy. A excelente banda sonora é acompanhada por um estilo artístico bastante festivo, e ficamos a querer um RPG com exploração que, não só use o estilo artístico, como o jogo de ritmo para as batalhas. Ou até ter outras séries representadas deste modo, quem sabe, um Theatrhythm Dragon Quest, ou até de Zelda!

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