SteamWorld Build

 


O nome SteamWorld, bem conhecido do público em geral. Está repleto de várias aventuras, nos mais diversos géneros de jogo. Plataformas, Turn-base, card game e agora como um City Builder, criando claramente um Multiverso de experiências que certamente agradarão a uma ampla fatia de pessoas que se interessam por este mundo fascinante dos videojogos.

O mundo amplo de SteamWorld é fascinante, sempre ambientado numa atmosfera Steampunk onde os robôs têm o papel principal para as linhas de história apresentada aos seus aventureiros. Não fugindo a esta regra, a incursão por terras remotas de Build, assenta numa premissa de exploração de um mundo que aparentemente se encontra desprovido de pessoas, ou neste caso, robôs, e até mesmo de infraestruturas.

Pois bem, a ideia de explorar o universo, sim o mesmo Universo que temos ao olhar para o nosso céu, é uma ideia que também faz fervilhar a mente do Pai, Jack Clutchsprocket e a sua filha Astrid, as personagens encarregues de construir a cidade e aprofundar o seu conhecimento sobre a "Tecnologia Antiga" que fora enterrada nas redondezas. Supostamente esta tecnologia ajudará a obter o poder para realizar a proeza de construir o foguetão que permitirá explorar as estrelas. Toda esta informação é dada por uma personagem bastante peculiar, Core. Não poderia deixar de ser um robô, ou este não fosse um jogo SteamWord, com um olho bastante expressivo que aparentemente perdeu os seus poderes. Começa assim uma parceria a três com o intuito de construir um futuro promissor. 


Ao jogador, cabe a tarefa de escolher um de cinco mapas diferentes e meter mãos à obra para construir uma cidade literalmente à volta de uma estação de comboio. Esta estação serve de ponto de troca de recursos, uma mecânica interessante para obter os recursos mais escassos em certos momentos. Haverá assim diferentes edifícios e apontamentos gráficos que embora não alterem em nada a vida dos habitantes, tornam a cidade um pouco mais acolhedora. Existem quatro classes distintas de habitantes, os "workers", "engeneers", "aristobots" e "scientists". Cada grupo apresenta necessidades diferentes o que fará assim desbloquear os edifícios necessários para colmatar as mesmas.

Há medida que se expande a cidade existe a necessidade de encontrar novos recursos para aprofundar os conhecimentos dos seus habitantes. Nesse sentido, é necessário começar a exploração das minas que assentam em 3 diferentes áreas, cada uma delas com um bioma e materiais diferentes. A exploração das minhas foi o ponto que mais tempo me tomou. O meu cérebro de loot goblin estava super contente ao explorar mais um bocadinho do mapa que estava outrora sumido. 


Nem tudo será apenas exploração, já que é necessário também defender as minas e todo o equipamento construido dos ataques inimigos. Estes inimigos podem estar presentes em momentos de exploração das minas, como ao derrubar certas paredes, bem como em momentos periódicos, com ondas de inimigos vindas dos seus "ninhos". Assim cresce a necessidade de calcular bastante bem o espaço destinado à construção nas minas. Para a criação de um robô, dos 4 grupos distintos possíveis, é necessário colocar um base de até 9 tiles. Esta base poderá ser ampliada com a consequente possibilidade de obter mais unidades daquele tipo de robô. A cor amarela destina-se às unidades capazes de minar as paredes, os azuis, encarregues de fazerem a distribuição de materiais de um ponto para o outro, os verde, as unidades de suporte encarregues de construirem todas as plataformas e máquinas, bem como reconstruirem todas as unidades de defesa abatidas em combate, e por último os vermelhos, que serão a linha da frente no confronto contra os inimigos.

SteamWorld Build apresenta-se como uma experiência Arcade-ish de um city builder. Não digo isto num sentido pejorativo. É fácil de entrar nesta roda, sem grande profundidade como em outros títulos do género, que podem apresentar a necessidade de construir infraestruturas que necessitam de bastante recursos, ligações entre edifícios, ou até mesmo por tomadas de decisões que levam a diferentes ramificações de toda a população. É linear, descomplicado, mas desafiante principalmente no confronto contra os inimigos que se tornam numa realidade bastante presente numa fase mais avançada da vida da cidade. 

Os controlos na Nintendo Switch deixam espaço para alguma linha de aprendizagem. Não é de todo um jogo complicado, no entanto, saber que botão carregar para abrir o menu certo demorará algum tempo. Para facilitar o processo o próprio jogo apresenta os atalhos, ainda que em tamanho pequeno, no próprio ecrã. Infelizmente não existe as mecânicas de toque no ecrã que de certa forma ajudariam o processo, como se um simples clique no botão do rato se tratasse. De facto o computador será a minha plataforma de eleição para jogar SteamWorld Build, mas sem dúvida que muitos encontrarão um espacinho acolhedor na sua consola portátil da Nintendo e quem sabe até mesmo durante uma viagem de comboio, ou quem sabe numa nave espacial?


Após cerca de 11 horas de jogo, vi terminada a minha cidade e com o foguetão disponível para ir "Para o infinito e mais além!". Como referi, existem cinco mapas diferentes que após a sua conclusão darão ao jogador uma espécie de buff para nova aventura, como por exemplo uma ronda mais rápida do comboio, ou mineiros que trabalham mais rápido. Aqui assenta a sua replayability que deixa totalmente ao abrigo do jogador a decisão de construir nova cidade em ambientes e/ou dificuldades diferentes, já que a história continuará a ser sempre a mesma.  

Nota: Análise efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Plan of Attack.

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