Tengami

Análise por Patrício Santos

A quantidade de "indies" tem vindo a crescer imenso nestes últimos tempos, e a Nintendo Wii U tem vindo a receber uma boa dose deles. Um dos jogos que curiosamente apenas teve lançamento em smartphones e computadores veio confirmar a estreia numa consola, que foi mais precisamente na Nintendo Wii U.

O jogo Tengami é um indie que tem um lado artístico bem único, onde tudo está representado em forma de papel o qual vamos dobrando para progredir, e que tem lugar numa era do velho Japão em que se destaca a natureza e as quatro estações do ano sendo acompanhado de uma música perfeitamente adequada ao ritmo do jogo e extremamente bem composta, isto porque temos como compositor David Wise, que já conta no currículo com títulos como Donkey Kong Country da SNES e o mais recente na Nintendo Wii U.


De referir que não temos propriamente qualquer narrativa, nem personagens, apenas um protagonista do qual não temos conhecimento do seu nome durante todo o jogo, e que explora este Japão retratado em dobragens de papel visualmente belo e relaxante, com paisagens que vão desde às montanhas às planícies verdejantes e até ao mar. A jogabilidade é simples, basta usarem a stylus no vosso gamepad para moverem a personagem, é um point and clik puro, e que em vários momentos do jogo desdobramos a página por assim dizer, para passarmos ao nível seguinte, usando a caneta stylus. O objetivo é adquirir todas as pétalas da amendoeira em flor tipicamente japonesa, e caminhando assim por todas as estações do ano para recuperar as quatro pétalas.


O jogo não leva muito tempo para ser terminado, o que é uma pena, isto porque à medida que passamos o jogo ficamos encantados com os cenários e mais uma vez a música a desempenhar um papel importantíssimo. A parte artística do jogo é o que mais nos atrai ao jogo, mas este conta também com pequenos puzzles até alcançarmos o fim do jogo, o problema é o facto destes puzzles não serem de grande dificuldade, o que acaba por desvendarmos de forma rápida a sua solução. De acrescentar que existem alguns desbloqueáveis até finalizarmos o jogo e que nos servem para usar no miiverse, no entanto não é nada de relevante. O jogo em si é muito bom, é uma experiência única de início ao fim, mas a verdade é que podia ter sido muito mais, tanto a nível de puzzles como de longevidade, que são os únicos pecados a registar, pois quanto ao resto, este jogo é uma lufada de ar fresco e que agrada a tudo e todos no que diz respeito a nível artístico.

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