Moonlighter


Moonlighter é uma mistura curiosa. Uma espécie de fusão de Legend of Zelda com jogos de gestão, algo que ao início pode parecer estranho, mas que se trata de algo especial, isso podem crer. Requer tempo e estratégia, persistência para o jogar, no entanto acaba por ser bastante gratificante em muitos aspetos. Vejamos porquê.

Em Moonlighter jogamos com Will, o herói deste videojogo que durante o dia gere uma loja de recursos e à noite explora masmorras para em busca dos recursos para os vender na sua humilde loja. A história começa quando Will decide explorar uma das masmorras. Como aventureiro e com um enorme fascínio pelas masmorras, decide explorar uma. Aí começa o jogo, ensinando-nos como jogar, um tutorial com comandos muito básicos mas suficientes para um jogo que transpira Zelda da velha guarda com uma perspetiva vista de cima tal como sucede em “A Link to the Past”. A verdade é que esta aventura não corre muito bem, porque Will vai equipado apenas com uma vassoura e a sua gigante mochila para enfiar o maior número de recursos possíveis. Após acordar na sua cama, um idoso misterioso apenas lhe diz: “It’s too dangerous to go alone, take this”. E com esta bela referência começa realmente a aventura de Will.


A ideia do jogo é visitar e explorar as masmorras que estão espalhadas pela vila, as quais são consideradas perigosas. Na verdade, antes de entrar nas masmorras, existem sinais que classificam o nível de perigo para o jogador. Uns para exploradores amadores, outros para exploradores experientes com inimigos fortes e por aí adiante. As lutas são simples, com um botão de ataque, outro de esquiva e claro de defesa. Estas masmorras podem ser exploradas a qualquer altura do dia, mas para receber mais recursos o melhor é visitar durante a noite, quando os inimigos são mais poderosos.

No que diz respeito à gestão, é aqui que o jogo se torna interessante. Conforme se obtém os recursos para venda, é possível lucrar com as vendas para no futuro aumentar o tamanho da loja. Quanto maior a loja, mais visitas se podem receber, o que significa mais vendas. Mas nem tudo é cor-de-rosa, pois a gestão não pode ser danosa, é preciso ter um controlo total das coisas. Por exemplo, o facto de um item estar exposto num local mais afastado poderá não revelar interesse para o comprador pois não se destaca, ou o facto de um item que seja relativamente barato e se esteja a vender por um preço absurdo, o cliente jamais irá pagar o valor astronómico que se está a pedir. Já o tinha referido antes e volto a frisar, é preciso ter uma enorme atenção a estes pequenos detalhes que fazem toda a diferença para o sucesso da loja. Com dinheiro, compra-se armas mais poderosas para a ajudar na exploração das 5 masmorras espalhadas pela vila.


O mais brilhante de Moonlighter é com toda a certeza a sua arte, o grafismo, o design, é completamente fabuloso. As próprias cutscenes estão lindíssimas, a música desempenha também um papel fundamental e executa-o perfeitamente bem. O que falha em Moonlighter é o facto de acabar por ser repetitivo, pois acaba-se por fazer sempre mais do mesmo, mas não deixa de ser um jogo que vale a pena jogar pela experiência única que oferece. O melhor é que não é preciso conhecer as suas referências para o poder apreciar.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela Evolve PR

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