Aragami: Shadow Edition


Aragami é um daqueles jogos que, antes de ter começado, já sabia que ia gostar. Se seria uma experiência do outro mundo, isso já é outra história. Ninjas, missões furtivas, sangue e pouco mais, é o que Aragami traz para os fãs deste género que está destinado a quem tem paciência para os jogar.

Tudo começa quando uma personagem misteriosa ressuscita o nosso protagonista, apenas com o propósito de se salvar, pois encontra-se aprisionada. Aragami terá de recolher uns talismãs pertencentes a esta personagem misteriosa. Mas Aragami é afetado pela luz e, por causa disso, todo o jogo se passa numa madrugada e é preciso evitar todas as fontes de luz, como lanternas e fogo.


Pelo jogo fora, o objetivo é eliminar inimigos e avançar sem que Aragami seja vítima. Para evitar todos os males, o melhor é avançar silenciosamente pela escuridão, até porque aí Aragami recupera as suas forças. Através da sombra, ele tem o poder para atravessar portas ou fazer desaparecer os inimigos. Estas habilidades são desbloqueadas com pergaminhos existentes nos mapas de cada nível, os quais não são gigantes, masoferecem uma boa liberdade de exploração para o jogador.

Por outro lado, existem vários pontos negativos a referir. A variedade de inimigos é absurda de tão escassa, além disso eles são bastante limitados. O facto de se focar na furtividade, o jogador acaba por ter de fazer sempre o mesmo ritual em cada um dos níveis, explorar um pouco, obter o necessário para passar à fase seguinte sem dar nas vistas, e assim sucessivamente.


Apesar das suas falhas, Aragami é interessante, e além disso já fazia falta um jogo destes, o qual me fez recordar um pouco Tenchu ou mesmo um Splinter Cell pelo facto de termos de caminhar de cócoras para chegar por detrás do adversário e executar um Stealth Kill. Mas verdade seja dita, estes jogos não são para qualquer um. Primeiro ponto porque é preciso paciência, tanto que em Aragami podemos matar uns 10 inimigos mas, caso um vos atinja uma única vez, temos de recomeçar desde o último checkpoint. Normalmente estes checkpoints ficam afastados e punem o jogador severamente, pelo que é importante manter sempre um estilo de jogo furtivo como só um ninja sabe fazer.

A arte do jogo é boa, em certas partes podia ser mais apelativa, mas cumpre com a temática do Japão feudal, a música também é boa pois insere-se bem no ambiente representado em Aragami e num jogo do género. O melhor desta Shadow Edition é o facto de ter incluído o DLC "Nightfall", onde se pode jogar com uma dupla de personagens, mas de qualquer modo convém jogar primeiro o modo de história principal.


Aragami não é brilhante, mas é bom, principalmente se quiserem jogar com alguém em co-op e, claro, tiverem um amor por jogos do género. Aragami é o mais parecido com Tenchu que podem adquirir neste momento, visto que a famosa série lançou o seu último jogo em 2009, e nesse aspeto presta sem dúvida um bom serviço.

Nota: esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a PS4, gentilmente cedido pela Lince Works.

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