Outlast: Bundle of Terror


Como fã do género Survival Horror, desde o velho e eterno clássico Resident Evil até ao recente The Evil Within, são muitos os jogos que joguei em todas as plataformas e verdade seja dita, mesmo incluindo a mais recente obra da Bethesda (The Evil Within 2), são raros os jogos que me pregam aquele susto típico em que “saltamos” da cadeira. Isto, até ter jogado Outlast. O jogo da Red Barrels aclamado pela crítica na altura do seu lançamento para PC, chegou agora à Nintendo Switch para pregar uns valentes sustos a quem ainda não tinha tido a oportunidade jogar um survival horror para “homens de barba rija”.

Nunca mais me esqueço da primeira vez que o joguei no PC. Era algo novo, os fãs deste género só construíam criticas positivas acerca do jogo, não resisti e tive de o jogar, por isso mesmo, aventurei-me em Outlast e apenas uns anos mais tarde joguei a sua expansão. De referir que ao contrário do que aconteceu no passado, a versão da Nintendo Switch inclui tanto o jogo como a sua expansão e só por isso já vale o dinheiro.

A história de Outlast começa com o protagonista Miles Upshur, um jornalista que vai investigar um hospício devido a um e-mail de fonte anónima que recebe apenas com o nome Whistleblower, nome que é dado à expansão do jogo a qual está incluída no mesmo. Quando Miles chega, mal imagina o terror que vai viver. Sem querer spoilar nada, para aqueles que não jogaram, podem crer que mesmo tendo jogado muitos jogos do mesmo género, nunca jogaram nada parecido com Outlast, onde o terror, o medo, a escuridão e sangue, rios de sangue vão surgir no ecrã. Podem ter a certeza que isto não é um jogo banal, pelo contrário, está aqui um trabalho de aplaudir, mais não posso acrescentar.

Em Outlast jogamos na primeira pessoa, ao contrário de muitos outros títulos como RE ou Silent Hill etc… O que por isso mesmo, já se torna mais assustador. O grafismo também está bastante bom, embora se tiverem o jogo no PC, como quase qualquer outro jogo, a qualidade fica sempre melhor, no entanto na Switch, para além da sua portabilidade, não existe qualquer quebra de frame rate e está perfeitamente jogável, mesmo o seu grafismo, apesar de estar inferior às versões existentes no mercado, uma vez mais, conta com a sua portabilidade, coisa que não é possível nas plataformas restantes.


Falando agora um pouco na jogabilidade, isto não se trata de um Doom, não temos armas sequer, temos sim uma câmara que servirá de “arma” pelo decorrer do jogo e, mesmo sendo a única “arma” disponível, tem as suas fraquezas. A câmara tem a funcionalidade de filmar em modo visão noturna, como o jogo conta com salas sem uma peça luminosa, vão ter de fazer o uso desta funcionalidade vezes sem conta, mas tenham em atenção porque afinal de contas, ela funciona a pilhas, por isso vão ter de procurar por pilhas para a manter ligada. O maior problema, apenas para complicar mais a vossa vida, é que as pilhas são escassas, por isso usem o modo de visão noturna apenas quando estão realmente em apuros e precisarem de usar com urgência. Para além da câmara, mais nada vos resta a não ser correr, fugir para longe dos maníacos espalhados no hospício ou então, esconderem-se a tremelicar debaixo de camas ou cacifos que encontrarem, o que vão fazer imensas vezes, principalmente se estiverem a jogar Outlast pela primeira vez pois vão ser perseguidos por alguns bosses que, se vos apanharem, ditam a vossa morte.

Se em Outlast é assim, em Whistleblower (a expansão incluída), as coisas são a dobrar, tanto o terror, os sustos, o medo, os bosses… Apesar de ser mais curta, a experiência consegue aterrorizar ainda mais que o jogo principal e, na minha opinião, Whistleblower é ainda melhor que o jogo original. Para que conste, tanto o jogo original como a expansão decorrem em simultâneo, por isso ao jogarem Whistleblower (aconselhável a jogarem após terminarem Outlast), vão encontrar tanto locais como assistir a acontecimentos de Outlast, pela vossa jornada com o outro protagonista de nome Waylon Park.


Para terminar, foi um prazer enorme voltar a jogar Outlast e Whistleblower, ambos fantásticos, ambos assustadores, principalmente a expansão que consegue ser ainda melhor e muito mais perturbante que o jogo em si. Não deixem escapar a oportunidade de jogar, talvez, o jogo mais assustador que pude jogar na minha vida, agora na Nintendo Switch.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Red Barrels.

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