Dynasty Warriors 9


A nona e mais recente iteração do franchise de hack-and-slash Dinasty Warriors vem solidificar o género no mercado Ocidental. Desenvolvido pela Omega Force e Koei Tecmo, pode ser apreciado na PlayStation 4 e na Xbox One. Esta série vem de uma longa linhagem e experiência, instaurando-se em 1997, percorrendo o longo caminho até 2018 como franchise mais bem sucedido da Koei.

Em Dynasty Warriors 9, somos colocados num ambiente de mundo aberto inspirado na China no qual o jogador pode vaguear livremente a pé, de cavalo ou de barco. À semelhança de outros jogos de mundo aberto, os ciclos de dia e noite são notórios e também há a inclusão de um sistema de meteorologia, que influencia as batalhas que vão surgindo ao jogador. Outra das características que este jogo foi beber aos open-world é o seu sistema de inventário e de melhoramentos de armamento e outras fórmulas.


A progressão é marcada pelas missões recomendadas e secundárias, que se baseiam num sistema de níveis, aliando a capacidade exploratória à narrativa inerente do jogo. A jogabilidade é simples e permite uma compreensão imediata. Além do tradicional combate corpo-a-corpo, o jogador tem ainda acesso a um arco que pode tirar partido de vários tipos de flechas, cuja necessidade ao longo das missões é variada e obriga a manter esta habilidade em forma.

Com o extenso mapa ao nosso redor, a nossa locomoção é extremamente ajudada pelo nosso fiel cavalo, à distância de um toque num trigger, permitindo que o Auto-Run (piloto automático) nos leve ao próximo local de interesse. Há que referir que o cavalo apenas segue as estradas principais, pelo que às vezes é necessária a intervenção do jogador para evitar perder tempo no caminho automaticamente selecionado. Não obstante, o jogo oferece um sistema de fast travel, que vamos tornando mais robusto com a aquisição de waypoints.


A história é baseada na Lenda dos Três Reinos, um romance tradicional chinês do século XIV que toma ação no término da dinastia Han. No jogo, há treze distintos capítulos ao redor deste romance, culminando na queda de Shu. As personagens que nós escolhemos determinam que capítulos jogamos, sendo que nenhuma das personagens jogáveis pode perfazer os 13 capítulos, apenas estando incluídos nos capítulos de relevo da sua História.

No começo do jogo, apenas três personagens estão desbloqueadas, mas concluído o primeiro capítulo, somos livres de escolher outras personagens, que partilham armas, conhecimento de mapa e inventário. No entanto, o nível de cada personagem é estanque. Com isto, a progressão de cada capítulo é livre, no qual podemos escolher que personagem queremos para um. Resta dizer que há 94 (!) personagens totais para descobrir em Dynasty Warriors 9.



A minha experiência com o jogo fez-se numa PlayStation 4 Pro, em 4K, no qual o jogo permite um modo de performance ou cinemático. No modo performance, o jogo manteve-se estável nas muitas hordes de inimigos que me foram aparecendo, a 60 fps sem quebras. O conceito do jogo é simples: reger a China pelo metal – no entanto, a apropriação cultural no Ocidente dificulta a aproximação à realidade apresentada, por uma dissociação cultural, levando o conceito a tornar-se repetitivo. De qualquer modo, as Boss Battles são encantadoras, quebrando algumas rotinas do jogo. Não querendo arruinar as estatísticas de ninguém, terminado o primeiro capítulo contava com 2500+ K.O. Count, o que quer dizer muito da quantidade de hordes de inimigos que o jogo nos presenteia.


Os fãs da série e do género estão de frente para uma das melhores iterações de hack-and-slash. Para quem nunca jogou algo parecido, é um bom jogo para relaxar dos multiplayer online, com um jogo guiado pela história, que promete muitas horas de conteúdo.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela Ecoplay.

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