World to the West


A Nintendo Switch é vista como uma consola de segundas oportunidades, principalmente quando a primeira aterrou na Wii U. E se repetir uma história não a torna mais engraçada só porque a ouvimos duas vezes, haverá alguém que poderá aproveitar a segunda volta.

World to the West é a segunda oferta da Rain Games, o estúdio norueguês responsável por Teslagrad e que quis criar outro jogo no mesmo mundo. Não joguei Teslagrad, não tenho meio de comparação, mas podem jogar os dois sem qualquer relação. O estilo mantém-se, é bastante querido e colorido e é aquele tiro e queda na consola certa. Com claras influências de Zelda, podem jogar se sentirem a falta de uma aventura em Hyrule. As semelhanças com Zelda não vão mais longe porque não basta ter a estética e um mapa por explorar, mas um enredo digo de esse nome. Lamento, mas não o terão aqui. Cumpre a sua tarefa, mas irão jogar World to the West (WTTW) pelos puzzles. Isto é, enquanto não se fartarem. Zelda tinha aquela característica de usar itens específicos para solucionar um determinado puzzle e aqui usamos várias personagens para abordar os mesmos.


É isso, ao longo do jogo não irão jogar com um herói, mas quatro. Cada um com a sua história, conflicto e resolução. Lumina, Teri, Knaus and Clonington acompanham o jogador nesta aventura. De início separados, mas lá acabam por se juntar. De certa forma, esta quantidade acaba por tornar a experiência um bocadito frustrante. O jogo tem fast travel e todos sabemos como funciona a mecânica, mas o que me enerva neste jogo é que só funciona quando visitam o ponto. Nada de novo, certo? Certo. O problema está que se o desbloquearem com a Lumina, por exemplo, o Clonington não o pode usar sem o visitar antes. Tal berbicacho implica bastante backtracking. Vá, algum, mas o suficiente para coçar a cabeça e pensar que o problema poderia ser facilmente resolvido. Vão passar bastante tempo a andar e, apesar de ser bastante directo, vão andar perdidos algumas vezes. De resto, é bastante formulaico. Puzzles, derrotar inimigos com as nossas habilidades e o boss da praxe. Agora, sempre que tiverem duas ou mais personagens na equipa combinem as suas habilidades para alguns efeitos engraçados e é aqui que o jogo vence: a variedade de personagens, habilidades e como combinam tão bem.


Há pontos positivos no jogo. Gostei da apresentação e a banda sonora é atmosférica e complementa bem aquele mundo.

Não gosto de usar a expressão: tem aspecto de jogo mobile. O que é um jogo mobile? A Nintendo Switch é uma consola "mobile" portanto adequa-se perfeitamente. E acredito que haja mercado e interessados. Apenas estou a escrever para saberem com o que contar. Uma aventura morna de algumas horas. Se gostaram de Teslagrad, querem apoiar o estúdio, não vejo porque não!

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo Switch, gentilmente cedido pela Rain Games.

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