PlayerUnknown's Battlegrounds (PUBG)


Para muitos meios de comunicação e jogadores, foi um dos candidatos a jogo do ano passado. Um fenómeno de popularidade no PC que foi também uma grande conquista para a Xbox One e nos chegou recentemente às mãos para testar na consola e verificar se o “hype” é real. Deixo-vos com a minha análise de um dos jogos mais badalados de 2017, que é nada mais nada menos que PlayerUnknown's Battlegrounds, também conhecido como PUBG.

O jogo já teve o seu lançamento para PC no distante dia 23 de março, no entanto ainda numa fase embrionária ao contrário do que é agora. Este ainda está na versão Beta, mas graças a todo o alarido em torno deste título, foi colocado à venda para a Xbox One mesmo sem data prevista para uma versão "final". A verdade é que os jogadores da consola também aderiram em massa ao fenómeno.

Na versão para o Windows, as pessoas já demonstraram o quão agarradas ficaram a PUBG através de streamings, até que a versão Xbox One chegou e pouco tempo depois já eram milhões de jogadores no vício, com tendência a aumentar o número de jogadores. Se o jogo já conta com esta enorme quantidade de fãs não admira que quando este estiver na fase final as vendas cheguem a números bem superiores.


Em PUBG tudo é muito simples no que diz respeito a objetivos. São 100 jogadores que se lançam de um avião com o seu para-quedas, aterrando numa ilha inabitada para se iniciar uma Battle Royale - se já assistiram ao filme japonês com o mesmo nome, já vão perceber de onde foi inspirado. Assim que pisam o solo é o salve-se quem puder, ou seja, destes 100 jogadores apenas o último a ficar de pé sairá vitorioso com direito a um "chicken dinner".

A ideia é básica, mas a verdade é que funciona. Por vezes, muitos jogos precisam de nos carregar com objetivos para que nos dê prazer de jogar e repetir sem enjoar, mas o curioso é que em PUBG, esse enjoo não existe e esse é o segredo desta “fórmula mágica” que conquistou jogadores pelo mundo fora somente com a ideia focada na diversão.

Para que o jogo não se torne aborrecido existe uma barreira azul que vai surgindo após um determinado tempo, o que obriga o jogador a movimentar-se para o centro, enjaulando assim todos os jogadores para um confronto final com os últimos sobreviventes. Quem ficar de fora dessa barreira sofrerá danos até a saúde esgotar. Esta ideia foi muito bem concebida, se não fosse implementada alguma ferramenta do género que obrigasse os jogadores a terem um ponto de encontro provavelmente seria impossível terminar uma partida, além disso é a forma de não existirem os famosos “campers” como acontece em tantos jogos multiplayer.

Mas não é só a barreira azul que surge durante a guerra para complicar a nossa vida. De forma aleatória, haverá sempre uma zona do mapa a ser completamente bombardeada e, caso estejam nessa zona dificilmente vão escapar do bombardeamento. É preciso ter muita atenção para que não sejam atingidos.


O jogo não está completo isso já sabemos, bem longe de ser perfeito, porque de facto a versão Xbox One a qual tive o prazer de testar conta com alguns soluços, um grafismo que deixa a desejar e um menu um pouco confuso, o qual podia ser simplificado além de que não é muito intuitivo. Isto ainda está na versão beta mas mesmo assim todos jogam como se da final tratasse. Sendo a versão beta há muitas arestas por limar e o facto de por vezes caminharmos cerca de 10 minutos sem encontrar um único adversário pode tornar-se desgastante.

A ilha é enorme, mesmo com 100 jogadores, não é propriamente uma tarefa fácil encontrar alguém assim que iniciamos a partida. O jogo também nos obriga a procurar por itens importantes. Estes itens costumam estar em casas e outros complexos abandonados pela ilha fora, itens como balas, armas de fogo e até bebidas energéticas para restaurar a saúde. Para além das armas, também é possível encontrar equipamento para a nossa proteção, tal como coletes à prova de bala, capacetes e mochilas para alargar a capacidade de carregar mais itens.

Confesso que pode tornar-se bastante chato caminhar pelo mapa durante minutos a fio, mas caso tenham muita sorte, vão encontrar veículos pela ilha. O problema é a dificuldade de obter um veículo, de todas as vezes que joguei raramente conseguia adquirir um, fosse uma mota ou um buggie, o que pode tornar-se frustrante para alguns jogadores. Além disso, quem conseguir um veículo de quatro rodas, facilmente atropela quem se colocar no caminho ou mesmo se estiver num tiroteio, é muito mais fácil de escapar à situação de perigo.

PUBG pode ser jogado a solo mas também existe a possibilidade de jogarem em Duo que, como o nome sugere, é para 2 jogadores, ou então em Team que é composto por 4. Os objetivos continuam a ser os mesmos mas, como em muitos jogos que experienciei o online em equipa, ou se joga com quem conhecemos ou então levamos com gente que não sabe o significado de “Teamwork” - para isso, mais vale jogar a solo do que depender de alguém que não tem como intenção ajudar o parceiro de equipa. Isto porque nestes modos sempre que somos alvejados até à morte existe um tempo limite para sermos ressuscitados pelo companheiro de equipa. Quando os membros de equipa não estão em sintonia a experiência é, como seria de esperar, bastante fraca.


PlayerUnknown's Battlegrounds tem tudo para ser um sucesso ainda maior no futuro, esperemos que com novas atualizações o jogo consiga atingir a qualidade necessária para ser recordado como um dos jogos multiplayer mais revolucionários de sempre, embora a maior parte dos jogadores já estejam rendidos ao PUBG.

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