Matterfall


Dos criadores de Resogun, chega-nos o novo Matterfall. Um típico side-scroller cheio de ação e fluidez, que nos traz uma heroína valente, chamada  Avalon Darrow e com algumas semelhanças à famosa Samus da série Metroid.

Mal iniciamos o jogo temos um vídeo que nos conta muito resumidamente a estória do jogo: pôr fim aos três grandes erros dos humanos. Primeiro, basearam-se na economia da galáxia numa tecnologia extraterrestre que não dominavam, segundo foi tentar usar esta mesma tecnologia para combate e por fim o terceiro, que foi desenvolver o programa de pesquisa por baixo da cidade mais povoada fora da terra. Os civis foram quase todos evacuados, mas alguns andam desaparecidos e além disso alguns dos protótipos bélicos andam à solta completamente em alvoroço. Só uma heroína é capaz de controlar essa situação, e por isso é chamada uma mercenária de nome Avalon.

Assim que começam a assistir a esta intro aposto que todos os jogadores lusitanos vão sorrir, pois o jogo está totalmente em português de Portugal, desde a voz no vídeo, as legendas e por fim os menus por inteiro.


Quanto ao jogo, Matterfall é um jogo 2.5D frenético e com um grafismo bonito que todos irão certamente apreciar. No menu inicial temos logo a escolha de jogar, fazer melhorias, as classificações dos jogadores no global, opções de controlos e outras definições, por fim os dados guardados. Caso queiram ter uma noção dos botões podem e devem espreitar nas opções. Embora não usemos todos os botões, por vezes os botões a usar podem trocar-vos um bocado as ideias nas situações de maior perigo e quantidade de inimigos no ecrã. Ao dar início ao jogo passamos logo à ação, com uns tutoriais curtos e básicos para sabermos controlar Avalon, enfrentando as mais variadas situações para termos conhecimento de como agir e voilá, só será preciso aplicar o mesmo procedimento pelo jogo fora.

Por exemplo, para disparar basta usarem o analógico direito, direcionando para os alvos que desejarem eliminar. Saltar poderá fazer mais confusão visto que não vão usar o X como na maioria dos videojogos, neste caso será o R1, mas pelo menos como nos jogos do género podem contar com um salto duplo. Além disso vão ter ao vosso dispor uma arma que fará com que criem plataformas e não só, como também salvar civis. Recordam-se de antes ter falado que nem todos eles conseguiram escapar? Pois bem, um dos objetivos (não principais) em Matterfall é tentar salvar o maior número de civis possíveis. Em cada nível terão alguns para salvar, conforme vão progredindo, maior será o número. Os civis encontram-se presos dentro de cristais, onde terão de usar essa vossa arma especial para os libertar.

Essa mesma arma que Avalon tem, será usada para destruir cristais pequenos que irão encontrar pela vossa jornada fora, para obter mais pontos. Tal como serve para destruir, também serve para criar e com isso vão exatamente criar plataformas tal como referi antes. Estas plataformas servem para subir ou mesmo atravessar. Avalon tem a capacidade de atravessar por certas paredes, estas paredes azuladas ou já estão criadas ou vocês terão de as criar. O botão L1 servirá para atravessar essas paredes, como servirá também para esquivar e igualmente atravessar inimigos, deixando-os momentaneamente lentos.


Conforme vão destruindo inimigos vão acumulando pontos e como este jogo conta com uma tabela de classificações devem de destruir a maior quantidade de inimigos possíveis. Para ajudar à festa, se aniquilarem uma boa quantidade de inimigos sem sofrer danos surgirá um multiplicador de pontos e assim sendo poderão fazer a dobradinha para no final obter uma classificação superior, escusado será dizer que assim que forem atingidos esse multiplicador termina automaticamente. Para ajudar, não vão usar apenas estas duas armas. Avalon tem consigo algumas armas secundarias, desde granadas a boosts a Avalon.

O último poder, que é super eficaz, é o de abrandar o tempo e ter a possibilidade de disparar com maior força e alcance sobre os inimigos, o que nas situações mais complicadas deverão de tirar proveito pois ajudará imenso na vossa aventura.

Algo que não nos podemos esquecer são os bosses, estes malandros só podem ser derrotados de forma inteligente, o que me agradou imenso. E para lutarem contra eles, terão de primeiro completar os três primeiros níveis e depois terão acesso ao boss, aonde é que eu já vi isto? De qualquer das formas, falando um pouco dos bosses. São bastante originais e requerem algumas habilidades por parte do jogador, não serão tarefa fácil, no entanto também não são impossíveis, por isso aceitem o desafio, afinal de contas, um boss é um boss, não é? Mas já que os bosses são complicados e alguns dos níveis podem-no ser para alguns jogadores, não se preocupem, pois pelo jogo podem contar com checkpoints para facilitar a vida aos que não têm tantas habilidades nos jogos do género, embora a dificuldade não seja assim tão elevada quanto isso e podem muito bem jogar no modo fácil. As dificuldades existentes são as de sempre, fácil, médio e difícil.

A banda sonora, caso tenham umas 5.1 ou melhor, façam bom proveito, a música está muitíssimo boa, e dará certamente aquela “pica” de adrenalina que em tantos jogos faz falta.


Para concluir, embora não tenha jogado Resogun e não tenha sequer noção da dimensão do seu sucesso, Matterfall tem tudo para ser um jogo muito bem sucedido. O jogo conta com as qualidades que na maior parte das vezes tento procurar nos nos dias de hoje, embora no que diz respeito à estória, deixa a desejar, mas também é preciso ter noção de que o principal deste jogo é mesmo a diversão, simplicidade e vício, experiência que foi bem vivida por mim. Por isso, opinião final, positiva, um jogo a não perder para a PS4.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela SIEE.

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