LocoRoco Remastered


Saltemos e celebremos com LocoRoco agora na PS4, numa versão remasterizada de um dos grandes sucessos da Sony PSP. A consola portátil da Sony foi recebida com grandes aplausos e isso deve-se a jogos como este, algo completamente original, colorido e vibrante, jogável para miúdos e graúdos tal como aconteceu com Parappa The Rapper. Desta vez LocoRoco é um desses velhos clássicos que podem jogar ou recordar na mais recente consola da Sony.

Para relembrar que LocoRoco foi lançado em 2006, já com um grafismo entusiasmante e uma banda sonora verdadeiramente alegre que colou muitos olhos ao ecrã da portátil. A premissa deste jogo é muito simples. Assim que iniciamos o jogo temos um planeta giro que está a tirar uma soneca sossegada, até que surgem aliens invasores de nome Moja, e a nossa missão é guiar o LocoRoco para defender este planeta outrora pacífico. O mais engraçado é o facto de controlarmos o planeta, ao contrário dos pequenos e redondos LocoRocos, para expulsar os Moja e assim salvar o máximo de habitantes possível.


O jogo conta com 40 níveis, os já existentes na versão anterior. Estes níveis estão divididos em cinco mundos diferentes. Tal como a sua estória, a simplicidade reside neste título, sendo que o objetivo principal é sempre levar o máximo destas criaturas ao final de cada nível. Iniciamos todos os níveis com um simples LocoRoco, no entanto, ao longo dos níveis vamos encontrar bagas que irão dar à existência de um novo LocoRoco e assim sucessivamente. Há que ter em atenção que o limite de criaturas por nível é de vinte. Além disso, podem muito bem perdê-los pelo caminho, isto caso encontrarem um Moja que vos suga um LocoRoco ou até mesmo pregos espalhados como armadilhas que, ao tocarem, farão com que percam os vossos queridos LocoRocos. Na verdade, não fará qualquer diferença perdê-los. Desde que cheguem ao final do nível, apenas afetará nas estatísticas finais para os mais ambiciosos quererem completar o jogo a cem por cento.

Um dos pontos positivos do jogo e que expande a sua longevidade curta são os locais que podemos livremente explorar. Embora possa parecer linear, o jogo conta com várias paredes para quebrar, caminhos escondidos e por fim acordar alguns Mui Mui que estão a fazer a sua sesta. Neste último caso, a quantidade de LocoRoco’s fará diferença. Ao longo da aventura é também possível colecionar bagas pequenas que desbloqueiam minijogos no menu principal. Quanto aos Mui Mui que salvarmos, estes seres estranhos são residentes do planeta, e assim que os salvarmos teremos a possibilidade de personalizar a nossa Loco casa que se encontra igualmente no menu principal do jogo.


Algo que me marcou bastante foi a sua jogabilidade que mais uma vez, tal como todo o jogo em si, é bastante simples. Sendo um jogo de plataformas 2D, a ideia seria controlar no D-pad ou até no analógico mas, em vez disso, controlamos o planeta com o L1 e o R1, fazendo com que o LocoRoco simpático role de um lado para o outro. Para além de podermos rolar o nosso personagem, ele também consegue saltar, bastando pressionar ambos os botões L1 e R1. Um outro botão que teremos de usar enquanto jogamos LocoRoco é o círculo, que fará com que a nossa bolha bem-disposta se separe nos vários LocoRoco que fomos acumulando ao longo do nível. Isto terá de ser feito em algumas passagens estreitas que os níveis nos apresentam, pois a nossa bolha cresce com o acumular de personagens, o que impossibilita a passagem em certos caminhos. Com isto, temos de alternar entre um LocoRoco singular gigante e, noutros momentos, separá-lo em vários pequenos LocoRocos.

Um ponto a referir é a música pois, se existem jogos em que as músicas desempenham um papel fundamental e nos fazem sorrir de alegria, LocoRoco é um desses jogos. Diria que é impossível não gostar, e que nos faz até lembrar um pouco as músicas de Splatoon, animadas e que nunca nos cansam após sessões de longas horas ao ecrã, genial.


Sendo um jogo que já joguei antes, pude fazer uma pequena comparação da velha versão com esta nova, e posso dizer que o jogo continua divertido, original e viciante. No caso de terem jogado antes, não é que seja obrigatório jogar esta versão devido às poucas diferenças existentes. Na PS4 temos o HD a 1080p e a possibilidade de usar o giroscópio juntamente com a vibração do Dual Shock 4. De referir que alguns sons são transmitidos através do comando. Quanto aos pontos negativos, tal como consegui reparar em Parappa The Rapper, uma vez mais, as cutscenes parecem ter sofrido apenas um upscale da versão PSP, esperemos que a Sony tenha mais cuidado nas próximas remasterizações.

Para concluir a análise, o charme de LocoRoco continua a aquecer os nossos corações e a trazer sorrisos após dez anos do seu lançamento. Se este clássico vos passou ao lado, agora é o momento ideal para aproveitarem e viverem esta aventura divertidíssima dum dos grandes exclusivos Sony Playstation.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela SIEE

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