PaRappa The Rapper Remastered

Recordo-me de ter os meus 9 anos de idade e de jogar a demo do jogo Parappa The Rapper na velha caixa cinzenta da Sony, a Playstation original, isto em 1997. Hoje estamos no ano 2017, sim, passaram 20 anos desde essa experiência que sinceramente, foi muito positiva, original, nunca tinha sequer jogado um jogo deste género. Primeiro o seu conceito, um jogo de ritmo onde tínhamos de premir os botões apresentados no ecrã, depois o seu design cartoonesco mais as suas personagens estranhas tais como uma cebola ser um mestre do Kung-Fu e um cão, que era o protagonista do jogo, um rapper bem estiloso.



Eis que Parappa The Rapper está de volta à Playstation após 20 anos, desta vez apresenta-se numa edição remasterizada. Assim que iniciamos o jogo deparamo-nos com a sua velha simplicidade, isto porque o jogo é exatamente o mesmo após os 20 anos do seu lançamento, o que muda aqui é o grafismo polido em HD e como é evidente a qualidade sonora das músicas apresentadas no jogo. Começamos com as duas opções base no ecrã principal, Start e Menu. No Menu encontramos as opções, que são um pouco escassas. Temos a escolha da língua que por alguma razão não consegui selecionar outra para além do inglês. Entretanto temos o modo Practice, que como o nome indica serve para praticarmos, o que sinceramente aconselho para os iniciantes terem uma noção de como funciona exatamente o jogo caso estejam a jogar pela primeira vez. O modo de seleção de nível está disponível para jogarem as vossas músicas favoritas as vezes que desejarem. Existe um modo replay caso gravem a vossa prestação para depois assistirem ou exibirem aos vossos colegas/amigos as vossas habilidades por puro entretenimento. É também possível ver as pontuações de cada uma das músicas ao selecionarmos a opção Hi Score. Finalmente no modo opções onde vão encontrar o que eu diria ser o mais importante, ou seja, a dificuldade do jogo ao qual podem optar pelo modo normal ou fácil e a possibilidade de jogar Parappa The Rapper em 4:3 ou 16:9. Podem alterar também algumas definições, por exemplo, o modo Feel the beat para sentirem o comando a vibrar a cada batida, o que em 1997 ainda não tínhamos a existência do Dual Shock, o modo “See” the beat para puderem acompanhar o ritmo do jogo com mais facilidade, o Add-on songs que conta com remixes de cada nível e o por fim o manual de instruções digital.

Após dar uma vista de olhos nas opções, podemos iniciar o jogo normalmente. Assim que iniciamos um novo jogo a barra de carregamento traz uma nostalgia pura para os mais velhos, pois nesse aspeto tudo se mantêm como no jogo original, e por um lado, aqui surge um pequeno problema. A qualidade das cut-scenes do jogo, que infelizmente, deixam bastante a desejar, não sei sinceramente qual a razão, mas a qualidade é praticamente a mesma do jogo lançado no passado. Durante estas cut-scenes engraçadas, seguimos a estória do nosso protagonista que quer fazer de tudo para impressionar a sua amada Sunny Funny, e para tal, Parappa irá contar com as dicas dos mestres do Hip Hop. Ao todo podem contar com 6 níveis, cada um deles com um mestre do Hip Hop, e em cada um destes níveis aprendemos 4 lições importantes para o nosso cão rapper conquistar o seu amor, tal como ele diz no fim de cada cut-secene “I gotta believe”.


Parappa The Rapper é especial devido à sua nostalgia, e as músicas prendem qualquer jogador, até porque repeti o jogo várias vezes. Além disso, cantava e “abanava o esqueleto” enquanto jogava, é assim tão divertido e viciante. Mas como é evidente, o jogo é bastante curto, tão curto que é possível terminar numa simples hora de jogo. Não me interpretem mal: o jogo é fantástico, é um verdadeiro clássico memorável da Sony mas, para além de curto, o conteúdo que nos é oferecido é pouco e básico. Podiam ter feito um esforço maior e adicionar conteúdo novo para a celebrar os 20 anos do famoso Parappa.
Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela SIEE.

Latest in Sports