Blaster Master Zero


Assim que recebi Blaster Master Zero deparei-me com um jogo ao qual tinha ideia de já ter ouvido falar no passado, mal sabia eu que esse passado é longínquo. Para aqueles que nunca tiveram uma NES ou são mais novos, Blaster Master é um jogo que foi lançado em 1988 para a primeira consola da Nintendo. Após todos estes anos, Blaster Master recebeu um remaster para a Nintendo Switch e Nintendo 3DS. Sinceramente, apenas tinha ouvido falar no nome, nunca tinha sequer jogado ou visto Blaster Master na minha vida, e eis que surgiu esta oportunidade para o jogar na Nintendo 3DS. Hoje, sinto-me feliz por ter jogado algo tão impressionante e incrível, um jogo que me fez agarrar a portátil sempre que possível, e já vos explico o porquê de tal vício.

Primeiro ponto a ser referido, é um remaster de um jogo da NES de 1988, a estória não é de todo genial, no entanto para a sua época, era um tema que se debatia imenso. Basicamente num futuro próximo, muitas criaturas coexistiam com os seres humanos no planeta verde e próspero mas, após várias guerras e danos ao planeta, este viveu uma idade do gelo e a humanidade não teve outra escolha senão viver no subsolo. Assim que a idade do gelo terminou, a humanidade desenvolveu métodos para que o planeta voltasse ao que era antes, verdejante e rico. Durante esta época, um cometa atingiu o planeta, no entanto a restauração do ecossistema decorria normalmente até que a humanidade pôde viver de novo na superfície.

Centenas de anos passaram após estes acontecimentos, e assim nos é apresentado pela primeira vez o protagonista do jogo, Jason Frudnick, um jovem conhecido por ser um génio da engenharia robótica. Jason depara-se com um animal o qual nunca tinha visto antes, não existiam quaisquer registos deste animal, uma espécie de sapo para ser preciso. O animal suscitou tal interesse no nosso protagonista que ele decidiu dar um nome à criatura de “Fred”. Após algum tempo, Fred escapou da sua pequena cela, no entanto Jason correu atrás e encontrou a sua criatura atirar-se para um portal dimensional e Jason não hesitou em saltar também para o portal misterioso. Eventualmente Jason encontrava-se numa cave subterrânea onde deu de caras com um veículo enorme, este veículo tem o nome de SOPHIA III. A curiosidade de Jason levou-o a entrar no cockpit, e assim iniciar a aventura em busca da sua criatura Fred que não se encontrava na cave.


Quando tomamos controlo do jogo, sentimos que este jogo não é um jogo comum, mesmo isto sendo um remaster. É um "metroidvania" sim, mas foca-se em si mesmo, e isso é muito importante referir pois não queremos que as pessoas julguem este jogo como “mais um” jogo 2D de plataformas banal. Existem muitos aspetos que distinguem Blaster Master Zero de outros jogos convencionais. Em Blaster Master Zero não temos apenas de correr/dirigir para a frente. Neste videojogo temos um mapa relativamente grande, com muito para ser explorado ao longo das 8 áreas apresentadas. Por exemplo, em cada área podemos muito bem realizar os objetivos principais e deixar as opcionais de lado, no entanto o jogo convida-nos a explorar todas as partes da cada uma destas áreas diversificadas. Contem com áreas congeladas, outras verdejantes, e algumas partes delas sem a possibilidade de exploração ao primeiro encontro, isto porque vamos ter de retroceder em certas situações devido a não termos desbloqueado todo o potencial de SOPHIA III. Em cada uma desta áreas podem igualmente contar com uma variedade de inimigos diferentes.

Como referi antes, SOPHIA III terá de receber upgrades ao longo da aventura, a maior parte deles são obrigatórios. Os upgrades são realmente surpreendentes, tais como ter a possibilidade de escalar paredes, aumentar a potência do seu canhão, ter um hover boost ou até mesmo poder andar debaixo de água sem quaisquer problemas. Para além dos upgrades obrigatórios podem e devem explorar várias cavernas ao longo do jogo nas quais terão um boss ou mid-boss para derrotar e assim adquirir upgrades.

Para além dos upgrades ao veículo, o nosso Jason também pode e deve fazer upgrades à sua arma, isto porque para além de jogarem com o veículo, Blaster Master Zero vai mais longe, e existe a possibilidade de saírem do veículo e jogarem com Jason. Aliás, terão de o fazer várias vezes, isto para explorar cavernas e obterem assim os tais upgrades. Nestes casos vão jogar apenas com o nosso jovem protagonista e ultrapassar vários obstáculos e plataformas, derrotando inimigos até chegar à sala final, onde terão um encontro com o tal boss que, após derrotarem, irá dar um upgrade delicioso.

Quanto à música, sendo um remaster, temos um excelente remix da versão original do jogo, e é muito agradável voltar a sentir os 8 bits com uma qualidade áudio de topo que está ao nosso alcance nos dias de hoje, simplesmente divinal.


Neste remaster de Blaster Master podem contar com dois finais diferentes, caso consigam encontrar todos os segredos espalhados pelo jogo, e também para adicionar mais horas ao jogo. Num playthrough normal deverão levar cerca de cinco horas, no entanto o jogo prolonga-se para umas oito horas caso queiram explorar ao máximo. Infelizmente, tenho quase a certeza de que poucos jogaram a versão da NES, e poucos são os que vão experimentar esta nova versão de nome Blaster Master Zero, mas espero que após lerem esta análise lhe queiram dar uma oportunidade: o jogo é incrível, está mesmo muito bom, não deixem isto passar ao lado por favor.

Nota: Esta análise foi efetuada com base em código final do jogo para a Nintendo 3DS, gentilmente cedido pela Nintendo.

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