Dead or Alive Dimensions


Pela primeira vez ao longo de 15 anos, a série "DoA" estreia-se numa consola Nintendo, um sucesso das Arcades (e até de algumas consolas) desenvolvido pela Team Ninja. Esta nova entrada é um jogo sólido, obrigatório para os amantes de jogos de luta, bastante simples e acessível em que qualquer um poderá facilmente tirar partido do que ele tem para oferecer. Para quem não conhece a série, falamos do jogo em que "as mamas abanam", o que chamou muito à atenção do público. Mas também foi um jogo de luta tri-dimensional numa época onde reinavam Virtua Fighter (jogo que serviu de inspiração para Dead or Alive) e Tekken, e que conseguiu destacar-se como um bom jogo de luta, rico em detalhes e pormenores que só podem ser desfrutados jogando-o.


A jogabilidade é bastante simples: baseada na mecânica pedra/papel/tesoura, os Ataques (socos e pontapés) são bons contra Throws (atirar o adversário), mas fracos contra Holds (agarrar para contra atacar), qualquer um pode facilmente tirar partido do jogo. Seja por "button-mashing" (carregar em diversos botões aleatoriamente), que funciona em dificuldades mais baixas mas é ineficaz em desafios mais avançados. Também através do Touch-screen, podemos usar combinações com um simples toque numa lista sempre presente. Ainda assim o sistema de luta é complexo, baseando-se no "timing" dos ataques. Eles mudam consoante a direcção que pressionamos ou até na posição da personagem, permitindo usar facilmente as combinações disponíveis, mudando até a meio das mesmas. Os cenários são também decisivos nas batalhas, onde para além de elementos neles presentes, podemos atirar os nossos adversários do topo de um cruzeiro, de pontes, envia-los janela fora ou até mesmo destruir paredes. Entre eles surge um de Metroid (resultado da colaboração da Team Ninja com a Nintendo em Metroid: Other M). Nele podemos usar Ridley para nossa vantagem, ou até chamar Samus.


Cada personagem tem ataques e modos de luta diferentes, mesmo com a existência de personagens semelhantes. As histórias e relações entre elas estão presentes no modo "Chronicle", dividido por capítulos que representam os diferentes jogos da série incluindo este Dimensions. Este modo não é para ser visto como uma narrativa seguida, pois contém muitas quebras que podem confundir. Este modo também tem algumas sequências em Full Motion Video, totalmente em 3D, bastante interessantes.
Contamos também com os tradicionais modos de jogo: Arcade, Survival (com imensos adversários e sem loadings), Tag Challenges para lutas cooperativas (onde o Tag Throw é uma nova e devastador técnica), lutas Online ou locais e o modo Showcase, que nos permite tirar fotografias a dioramas.


Visualmente o jogo está bastante bom. Desde personagens bastante detalhas e bem articuladas, tendo sempre movimentos realistas (dentro dos que não são humanamente impossíveis), a cenários bem detalhados, com bastantes efeitos e sempre ricos em movimento. Através da posição do Slider podemos a qualquer altura optar entre um efeito 3D bastante bom, a batalhas em 2d mas com 60 frames por segundo. Tudo isto acompanhado por uma excelente banda sonora, que se enquadra perfeitamente no espírito do jogo. Mesmo o voice-acting, em que podemos optar por inglês ou japonês, está bastante bom independentemente da língua, mas no entanto jogar em japonês enquadra-se melhor no espírito do jogo.


Não surge como uma alternativa a Super Street Fighter 4 3D Edition, mas como outro bom jogo de luta portátil. É um jogo que também sabe tirar partido da consola e das suas funcionalidades: SpotPass para download de roupas e desafios; StreetPass para lutas contra outros jogadores que encontramos (sendo um dos primeiros excelentes exemplos de como o SpotPass pode oferecer mais conteúdo aos jogos); utiliza o Giroscópio seja no menu principal, no modo Showcase ou até mesmo ao abanar a consola obtemos uma surpresa nos modelos femininos. Utiliza também as Game Coins para desbloquear conteúdo aleatoriamente, como mais dioramas ou roupas alternativas para as personagens.

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